quinta-feira, 27 de março de 2008

Dia Mundial do Teatro

Hoje é o dia mundial do teatro. Então, aqui fica um pouco da sua história.

O Teatro nasceu em Atenas, associado ao culto de Dionísio, deus do vinho e das festividades.

As representações teatrais tinham lugar em recintos ao ar livre, construídos para o efeito. Os teatros gregos tinham tão boas condições
que os espectadores podiam ouvir e ver, à distância, tudo o que se passava na cena, mesmo tratando-se de uma assistência muito numerosa. Isso devia-se, por um lado, ao facto de as bancadas se abrirem em leque sobre a encosta de uma colina e, por outro lado, a diversos artifícios utilizados em cena.

Os actores usavam trajes de cores vivas e sapatos muito altos para ficarem com uma estatura imponente. Cobriam o rosto com máscaras que serviam quer para ampliar o som da voz, quer para tornar mais visível à distância, a expressão do personagem.

Um aspecto curioso é que, em cada peça, só existiam três actores, todos do sexo masculino. Cada um deles tinha que desempenhar vários papéis, incluindo os das personagens femininas. A representação dos actores, que actuavam na cena, era acompanhada pelos comentários do coro, que se movimentava na orquestra, juntamente com os músicos.

Havia dois géneros de representações: a tragédia e comédia.

Artigo retirado de: http://www.eb23-afonso-paiva.rcts.pt/page5.html

P.S. - E, hoje a minha menina, sim a minha menina, porque os nossos filhos são sempre os nossos meninos, a Rita, esteve em cima do palco, debaixo das luzes e brilhou em Tomar numa actuação no âmbito do dia mundial do teatro.

Carta a Miguel Sousa Tavares


É do conhecimento público que o senhor Miguel de Sousa Tavares considerou “os professores os inúteis mais bem pagos deste país.” Espantar-me-ia uma afirmação tão generalista e imoral, não conhecesse já outras afirmações que não diferem muito desta, quer na forma, quer na índole. Não lhe parece que há inúteis, que fazem coisas inúteis e escrevem coisas inúteis, que são pagos a peso de ouro? Não lhe parece que deveria ter dirigido as suas aberrações a gente que, neste deprimente país, tem mais do que uma sinecura e assim enche os bolsos? Não será esse o seu caso? O que escreveu é um atentado à cultura portuguesa, à educação e aos seus intervenientes, alunos e professores. Alunos e professores de ontem e de hoje, porque eu já fui aluna, logo de “inúteis”, como o senhor também terá sido. Ou pensa hoje de forma diferente para estar de acordo com o sistema?

O senhor tem filhos? – a minha ignorância a este respeito deve-se ao facto de não ser muito dada a ler revistas cor-de-rosa. Se os tem, e se estudam, teve, por acaso, a frontalidade de encarar os seus professores e dizer-lhes que “são os inúteis mais bem pagos do país.”? Não me parece… Estudam os seus filhos em escolas públicas ou privadas? É que a coisa muda de figura! Há escolas privadas onde se pagam substancialmente as notas dos alunos, que os professores “inúteis” são obrigados a atribuir. A alarvidade que escreveu, além de ser insultuosa, revela muita ignorância em relação à educação e ao ensino. E, quem é ignorante, não deve julgar sem conhecimento de causa. Sei que é escritor, porém nunca li qualquer livro seu, por isso não emito julgamentos sobre aquilo que desconheço. Entende ou quer que a professora explique de novo?

Sou professora de Português com imenso prazer. Oxalá nunca nenhuma das suas obras venha a integrar os programas da disciplina, pois acredito que nenhum dos “inúteis” a que se referiu a leccionasse com prazer. Com prazer e paixão tenho leccionado, ao longo dos meus vinte e sete anos de serviço, a obra de sua mãe, Sophia de Mello Breyner Andersen, que reverencio. O senhor é a prova inequívoca que nem sempre uma sã e bela árvore dá são e belo fruto. Tenho dificuldade em interiorizar que tenha sido ela quem o ensinou a escrever. A sua ilustre mãe era uma humanista convicta. Que pena não ter interiorizado essa lição! A lição do humanismo que não julga sem provas! Já visitou, por acaso, alguma escola pública? Já se deu ao trabalho de ler, com atenção, o documento sobre a avaliação dos professores? Não, claro que não. É mais cómodo fazer afirmações bombásticas, que agitem, no mau sentido, a opinião pública, para assim se auto-publicitar.

Sei que, num jornal desportivo, escreve, de vez em quando, umas crónicas e que defende muito bem o seu clube. Alguma vez lhe ocorreu, quando o seu clube perde, com clubes da terceira divisão, escrever que “os jogadores de futebol são os inúteis mais bem pagos do país.”? Alguma vez lhe ocorreu escrever que há dirigentes desportivos que “são os inúteis” mais protegidos do país? Presumo que não, e não tenho qualquer dúvida de que deve entender mais de futebol do que de Educação. Alguma vez lhe ocorreu escrever que os advogados “são os inúteis mais bem pagos do país”? Ou os políticos? Não, acredito que não, embora também não tenha dúvidas de que deve estar mais familiarizado com essas áreas. Não tenho nada contra os jogadores de futebol, nada contra os dirigentes desportivos, nada contra os advogados. Porque não são eles que me impedem de exercer, com dignidade, a minha profissão. Tenho sim contra os políticos arrogantes, prepotentes, desumanos e inúteis, que querem fazer da educação o caixote do( falso) sucesso para posterior envio para a Europa e para o mundo. Tenho contra pseudo-jornalistas, como o senhor, que são, juntamente com os políticos, “os inúteis mais bem pagos do país”, que se arvoram em salvadores da pátria, quando o que lhes interessa é o seu próprio umbigo.

Assim sendo, sr. Miguel de Sousa Tavares, informe-se, que a informaçãozinha é bem necessária antes de “escrevinhar” alarvices sobre quem dá a este país, além de grandes lições nas aulas, a alunos que são a razão de ser do professor, lições de democracia ao país. Mas o senhor não entende! Para si, democracia deve ser estar do lado de quem convém.

Por isso, não posso deixar de lhe transmitir uma mensagem com que termina um texto da sua sábia mãe: “Perdoai-lhes, Senhor
Porque eles sabem o que fazem.”

Ana Maria Gomes
Escola Secundária de Barcelos

O dedo na ferida!


Finalmente um artigo (de Santana Castilho) que questiona de forma clara e enequívoca a avaliação de professores. Aqui na forma de perguntas, são referidos vários erros que subjazem ao decreto. Aconselho a leitura. Para visualizar clicar na imagem.

terça-feira, 25 de março de 2008

Porque a vida não é feita apenas de coisas sérias!



Esta música é linda e acreditem que não é apenas por fazer referência a Nova Iorque, cidade que eu adoro e onde passei momentos inesquecíveis. Ouvia-a hoje na rádio e fiquei com ela no ouvido... adorei. Recomendo!

Plataforma no CNE

Na sequência das reuniões solicitadas pela Plataforma Sindical dos Professores para dar conta das suas preocupações sobre a actual situação que se vive na Educação e, em particular, o conflito que a equipa do Ministério da Educação teima em manter com os professores, foram já realizadas as reuniões no parlamento e na CNE. Fica assim, apenas a faltar a reunião com o 1º ministro. Entretanto outras formas de luta foram agendadas, tais como a entrega no dia 31 de Março do abaixo-assinado aprovado na marcha da indignação, da realização das segunda-feiras de protesto e do Dia D - 17 de Abril, para debate de novas formas de luta.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Convivência escolar – uma tarefa de Sísifo?

A convivência nas escolas tem-se deteriorado nos últimos anos. Mas, não será possível reverter este facto? (...)
A violência na escola manifesta-se por um conjunto de comportamentos anti-
-sociais, tais como perturbações na sala de aula, agressões físicas e verbais, ameaças, vandalismo, roubo, e "maltrato entre iguais" (bullying). Distingue-se de outros tipos de comportamento pelo impacto negativo, tanto físico como emocional, que tem sobre aqueles a quem se dirige. Vivemos, hoje, numa sociedade onde a violência prevalece, e nos chega em tempo real através dos média, e em que as (con)vivências familiares e sociais (e escolares) estão tocadas pelo deteriorar dos valores éticos e de cidadania. Por outro lado, a uma crise de autoridade familiar, consubstanciada na desresponsabilização e na ausência de disciplina como competência parental, remetendo essa responsabilidade para os professores, acrescenta-se uma crise da própria autoridade do professor. O professor, que num passado não muito distante era respeitado pelo seu saber e a sua autoridade inquestionável, é hoje colocado há prova e constantemente afrontado. (...)
Importa reflectir sobre a situação dos professores vítimas de violência escolar. O mal-estar é grande e a sensação de solidão, de abandono, e de impotência vai-se instalando. Muitos calam, por vergonha ou medo, as suas dificuldades neste campo, confrontados com uma liderança das escolas geralmente não pró-activa neste sentido, na medida em que, não organiza sistemas internos de interajuda, que possam contribuir para impedir a desmotivação, a angústia e o stress docente. (...)
A recente alteração ao Estatuto do aluno, pretende reforçar a autoridade e o poder dos professores e das escolas, simplificar procedimentos administrativos e conferir mais responsabilidade aos pais. Postula um conjunto de medidas disciplinares, preventivas, correctivas e sancionatórias como forma de fomentar a sã convivência escolar.
No âmbito das medidas preventivas e correctivas, tais como a advertência ou a ordem de saída da aula, estou em crer que elas só terão força se realmente surgirem em paralelo, medidas de reforço da imagem social do professor. Mas, quando estiverem em causa ofensas à integridade física do professor, por parte dos alunos e especialmente por parte das famílias, é necessário que se instaure um procedimento criminal que enquadre este crime em crime público, não o fazendo depender pois de queixa particular, nomeadamente por parte do professor.

O humor de alguns caricaturistas...




Com tudo o que se passa no reino da educação, quantos professores não têm vontade de abandonar?!

quinta-feira, 20 de março de 2008

Inadmissível



Tristes escolas... pobres professores. Até quando, o ME tem conhecimento destas cenas sem tomar medidas radicais? talvez, a srª ministra venha dizer que são casos pontuais. Alguém ainda acredita nisso? Acreditamos sim, que os casos de violência e agressões são mais graves do que imaginamos, mas que, por vergonha os professores calam e escondem o que se passa nas suas salas de aula. É preciso devolver a autoridade aos professores.

Quanto tempo voçê esperaria por seu amor? Para sempre.

Adaptação ao cinema por Mike Newell, do belíssimo livro de Gabriel Garcias Marques "Amor em tempos de cólera".
No elenco, o jovem e carismático Fiorentino (vivido pelo espanhol Javier Bardem) apaixona-se pela tímida Fermina (interpretada pela italiana Giovanna Mezzogiorno) em fins do século 19. Mesmo diante da negativa da moça, Fiorentino segue amando-a pelos 50 anos seguintes, sem nunca desistir de seu sonho de sua paixão.
Filmado na Colômbia, cenário da história original, o filme reúne um elenco multinacional. Além de Bardem e Mezzogiorno, também podemos ver a brasileira Fernanda Montenegro, sempre maravilhosa, e a colombiana Catalina Sandino Moreno (de “Maria cheia de graça”).

As expectativas são grandes face a uma obra que li há muitos anos e de novo mais recentemente. "Amor em tempos de cólera" é um livro, empolgante, envolvente, cativante... simplesmente belo!

Com muitas amêndoas e boa disposição...


Muito interessante... com humor

http://sorisomail.com/email/1395/o-engenheiro-areias.html

quarta-feira, 19 de março de 2008

Ao meu pai, a todos os pais... obrigada

Hoje é dia do pai. E, por muito que pensemos que os dias do pai (ou da mãe, ou da criança, etc) devem ser todos os dias, ficamos sempre tocados por estas datas. Uns porque já não tem pai, e este dia serve para avivar a memória e recordar com ternura o homem que nos serviu de modelo e que partiu, acreditando nós que para o céu. Outros, porque tendo pai, aproveitam o dia para um carinho especial, que pode ser um presente ou apenas um beijo. Por isso, fica aqui a vontade de partilhar um agradecimento especial a todos os pais do mundo. E, ao meu pai, que me deixou há algum tempo, mas que permanece no meu coração, um muito obrigado por tudo o que fez por mim.

Ana Drago enfrenta Ministra

terça-feira, 18 de março de 2008

O Poder da "Rua"

Neste artigo podemos ler:
...
Perdeu-se de vista o reconhecimento da igualdade, do direito de protesto e do dever de memória. Este Governo criou uma tensão dramática de tal ordem e um destempero de tal jaez que levaram o primeiro-ministro a afirmar-se indiferente para com a imponente manifestação dos professores, invocando uma "razão" cuja natureza só poderá ser explicada através da nebulosa em que ele parece viver.
...

Ao contrário de alguns preopinantes, suponho que, se a ministra da Educação fosse embora, abrir-se-iam as portas ao diálogo. Porque (é inevitável) irão aparecer novas regras de jogo e outras instâncias de organização que terão em conta as específicas oscilações históricas.
Nascidas, não o esqueçamos, da "rua".
Nota: Para ler clicar em cima da imagem.



É preciso mudar o rumo... levar o barco a bom porto.

Porque em educação nada é fácil e linear, importa fazer uma análise constante e abranjente do descontentamento da classe docente. Assim, podemos com espírito crítico pensar e repensar a educação em Portugal. Nos últimos anos, as mudanças foram muitas, e os professores deparam-se com uma escola a tempo inteiro, com horários muitas vezes demasiadamente preenchidos e reuniões intermináveis, aulas de substituição, uma carreira mais longa e penalizadora, em que só 1/3 chegará ao topo, uma avaliação que se vislumbra burocrática, complexa e castradora da progressão na carreira, provas para acesso à categoria de titular, provas para ingresso na carreira e um regime de aposentação que os atira para uma lóngiqua idade de reforma. E, isto a troco de quê? de uma mão cheia de nada... Pois, muitas das nossas escolas continuam a não ter condições mínimas de funcionamento, a classe continua desprestigiada e a ser alvo de críticas de todos e qualquer um (quantas vezes, qualquer sem competência para o efeito, tais como os Rangéis e os Sousa Tavares), a indisciplina e violência aumentou desmesuradamente nos últimos anos e pese embora todos os esforços, o abandono escolar e o insucesso continuam com taxas demasiado elevadas. Podemos dizer que a classe docente está triste, stressada, desmotivada e desencantada. Perante isto, o que fazem os responsáveis pela educação neste país? a ministra continua a sua cruzada com um autismo impressionante e o 1º ministro, com a insensibilidade social a que já nos habituou, faz da sua razão, a força da razão, contra a força dos nºs. É preciso mudar o rumo, é preciso acarinhar os professores, pois sem eles (e contra eles) nada poderá ser. feito. Só com os professores, o barco chegará a bom porto!

Apesar de tudo, ainda temos liberdade...

Para ler clique no link:
http://aeiou.visao.pt/Actualidade/Mundo/Pages/confrontoschina.aspx

segunda-feira, 17 de março de 2008

Avaliação "flexível" pode dar queixas

Este argumento é subscrito por José Ricardo, presidente do Sindicato dos Professores da Zona Centro (ZPZN), afecto à FNE: "Consideramos que há possibilidade de os processos de avaliação poderem ser nulos, porque houve orientações do Ministério da Educação que fizeram espoletar procedimentos nas escolas quando o quadro jurídico ainda não estava completamente definido".Esta estrutura defende mesmo que, actualmente, o Ministério da Educação e as escolas da sua rede se encontram"legalmente impedidos" de praticar actos relacionados com a avaliação de professores .
Para ler o artigo todo clique:
http://dn.sapo.pt/2008/03/17/sociedade/avaliacao_flexivel_pode_queixas.html

Felizmente nem só de Rangéis vive a Comunicação Social em portugal!


Para ler o a totalidade do artigo de Mário Crespo vá a:
http://jn.sapo.pt/2008/03/10/opiniao/

Imprensa Internacional... "O Pravda" e a marcha dos professores


Ainda a marcha...

Aqui fica uma notícia publicada na imprensa internacional sobre a marcha do dia 8 de Março. Para ler clique em cima da imagem. Para visualizar outras notícias, podem ainda aceder aos links:

sábado, 15 de março de 2008

E, porque hoje é sábado...

Um pouco de humor não nos faz mal!!!
"Humor negro"

sexta-feira, 14 de março de 2008

Carta aberta ao Sr Emídio Rangel

Amigos, porque todos já conhecem o vergonhoso artigo "Hooligans em Lisboa" que o Sr. Emídio Rangel escreveu (ainda a marcha dos professores não tinha começado), deixo aqui a referência do blog do professor Paulo Carvalho, em que este escreve, e muito bem no meu entender, uma "Carta aberta ao Sr. Emídio Rangel".

http://www.paulocarvalhoeducacao.wordpress.com/2008/03/09/carta-aberta-ao-sr-emidio-rangel/

Avaliação sim... mas, não assim!

É preciso que de uma vez por todas fique bem claro, que os professores não estão, não podem estar, contra a avaliação. A avaliação de desempenho, feita de forma séria permitirá dignificar a classe docente. Mas, esta avaliação, que o ME teimosamente e de forma autista teima em levar por diante, numa fase do ano lectivo em que os docentes mais precisam de concentrar o seu trabalho no processo ensino-aprendizagem, não é séria. Não é séria, pelos timings. Não é séria, pela burocratização do processo. Não é séria, pela ligeireza como se pretende implementar.
Por isso, pedimos a suspensão da avaliação sem prejuízo para a carreira dos professores e a sua entrada em vigor apenas no próximo ano lectivo. Respeitemos os professores.

quinta-feira, 13 de março de 2008

De luto e em luta... de 10 a 14 de Março

Entre muitas, sobressai uma bandeira vermelha...

Este vídeo, também do Youtube, tem a particularidade de focar uma bandeira do SPZcentro.

E ainda, a marcha da indignação.

Um vídeo que encontrei no YouTube e que quero partilhar convosco. A união faz a força!


SPZCentro em força




Fizemos parte dos 100 mil. Aconteça o que acontecer, valeu a pena!

A Força da Razão






A Marcha da Indignação

A educação precisa de todos mas não precisa deste ME...


O novo Estatuto dos professores e as medidas educativas que têm vindo a ser impostas às escolas e aos professores foram alguns dos motivos que levaram os docentes a aumentar o tom do protesto contra a Ministra da Educação. O dia 8 de Março foi o escolhido para a marcha da indignação.