terça-feira, 18 de março de 2008

É preciso mudar o rumo... levar o barco a bom porto.

Porque em educação nada é fácil e linear, importa fazer uma análise constante e abranjente do descontentamento da classe docente. Assim, podemos com espírito crítico pensar e repensar a educação em Portugal. Nos últimos anos, as mudanças foram muitas, e os professores deparam-se com uma escola a tempo inteiro, com horários muitas vezes demasiadamente preenchidos e reuniões intermináveis, aulas de substituição, uma carreira mais longa e penalizadora, em que só 1/3 chegará ao topo, uma avaliação que se vislumbra burocrática, complexa e castradora da progressão na carreira, provas para acesso à categoria de titular, provas para ingresso na carreira e um regime de aposentação que os atira para uma lóngiqua idade de reforma. E, isto a troco de quê? de uma mão cheia de nada... Pois, muitas das nossas escolas continuam a não ter condições mínimas de funcionamento, a classe continua desprestigiada e a ser alvo de críticas de todos e qualquer um (quantas vezes, qualquer sem competência para o efeito, tais como os Rangéis e os Sousa Tavares), a indisciplina e violência aumentou desmesuradamente nos últimos anos e pese embora todos os esforços, o abandono escolar e o insucesso continuam com taxas demasiado elevadas. Podemos dizer que a classe docente está triste, stressada, desmotivada e desencantada. Perante isto, o que fazem os responsáveis pela educação neste país? a ministra continua a sua cruzada com um autismo impressionante e o 1º ministro, com a insensibilidade social a que já nos habituou, faz da sua razão, a força da razão, contra a força dos nºs. É preciso mudar o rumo, é preciso acarinhar os professores, pois sem eles (e contra eles) nada poderá ser. feito. Só com os professores, o barco chegará a bom porto!

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