segunda-feira, 21 de abril de 2008

Afinal, quem se rendeu?

É verdade que o "entendimento" Plataforma-ME não é consensual e, muito pelo contrário, tem sido alvo de duras críticas por parte de alguns professores. Mesmo na comunicação social, as análises feitas são as mais diversas. Uns acham que foi recuo dos sindicatos, outros que foi recuo da ministra. Uma coisa é certa, a ministra teve que chamar os sindicatos, sentar-se à mesa com eles e chegar a um consenso. Ficou também claro, que só os sindicatos, são os legítimos negociadores enquanto representantes dos professores. Se, o que foi conseguido teve origem na "força da rua" como diz o artigo, também é verdade que foi a capacidade de negociar que fez ultrapassar as dificuldades. Se, como publicita uma outra notícia do "Expresso", outros intervenientes estiveram envolvidos, não vejo que venha mal ao mundo por isso... esse envolvimento só veio mostrar que o conflito era uma preocupação dos nossos governantes. Uma preocupação tão grande que envolveu, o 1º Ministro, o Presidente da Replública, os líderes das centrais sindicais e e finalmente a ministra da educação e a plataforma. Ao contrário do que diz este editorial do "Expresso", ficou provado que os sindicatos não são contra a avaliação. São, contra os timings que estavam a ser impostos, são contra uma avaliação burocrática, injusta e extremamente penalizadora. Mas, aceitaram negociar e chegar a um entendimento com base no pressuposto que a avaliação entrará em vigor para o ano, mas com a certeza que até lá, será alvo de acompanhamento por parte de uma comissão que irá fazer o levantamento de problemas e propôr alterações no sentido de eliminar o que é nefasto, injusto ou irregular .
A negociação tem avanços e recuos, ganhos e perdas. Esperemos que o futuro nos possa dizer, que o "entendimento" foi um ganho, sob o ponto de vista educativo, social e político. Acima de tudo, que tenha sido um ganho (por muito pequeno que seja) para os professores e para as escolas.
Nota: Para ler o artigo clique na imagem.

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